Espaço dedicado a notícias, informações, bastidores e repercussão do Duelo na Fronteira, em Guajará-Mirim, Rondônia, onde o Boi Bumbá Flor do Campo (Vermelho) trava uma batalha de sons, cores e ritmos contra o Boi Bumbá Malhadinho (Azul), sempre no segundo fim de semana de agosto.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Manifestação 'abre' o que seria a 1ª noite do Duelo na Fronteira 2013
Como nunca antes visto neste município, duas nações, uma Azul e outra Vermelha, coloriram as ruas da Pérola do Mamoré revindicando pela maior festa ao ar livre que temos - a realização do Duelo na Fronteira, evento que reafirma nossa condição de amazônidas, valoriza nossa identidade cultural e preserva o patrimônio imaterial de nosso folclore, além de também proporcionar inúmeras oportunidades para a comunidade.
De posse de cartazes, união e muita esperança, centenas de brincantes, artistas e simpatizantes dos Bumbás da Fronteira mostraram que, se depender da vontade deles, o Duelo na Fronteira será ainda maior. Cobrando uma melhor atenção por parte do Poder Público, em especial do Governo do Estado, inclusive com a reforma do Bumbódromo da cidade, que se encontra interditado. A reivindiação foi pacífica e ordeira, não havendo notícias de incidentes.
Há ainda a resistência de alguns que aproveitam as redes sociais para criticar o movimento, gritando por mais saúde, mais educação e a velha cantilena querendo colocar na conta da Cultura a má gestão dos recursos aplicados em outras áreas. Se os recursos de saúde e educação, por exemplo, que são infinitamente superiores aos destinados às Políticas Culturais são executados de maneira insatisfatória, não será elimininando o apoio oficial do Carnaval, Boi Bumbás, das Fanfarras, etc., que se terá a solução para as mazelas da cidade.
Poucos se atentam para a Economia da Cultura. Aquela que agrega valor quando da realização de eventos como o Festival Folclórico de Guajará-Mirim. Ainda que informais e temporários, existem diversos setores da sociedade que enxergam nestes eventos a oportunidade de sustento para suas famílias. A tendência é que atividades temporárias, com o amadurecimento do Duelo na Fronteira, se tornem permanentes, consolidando a tendência de trazer benefícios para o local, assim como ocorreu em Parintins (que, diga-se, também tem seus pontos negativos mas está em um nível acima do nosso).
É possível também chamar a atenção para que as agremiações finalmente se organizem no sentido de, cada vez menos, dependerem do apoio oficial - que nunca deve ficar de fora de um evento como esse. Por outro lado, os empresários do Estado, de igual maneira, podem e devem apoiar de maneira mais significativa um evento que só tem benefícios. Daí a falta que os Sistemas Estadual e Municipal de Cultura estarem implementados nos fazem. Mas isso, é outra história...
Guerreiros, não desistam!
(Fotos: Ricardo Lira Maia - Facebook)
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